tag:blogger.com,1999:blog-67076571353951723372024-03-12T19:37:46.755-07:00Estância da Poesia CrioulaEstância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.comBlogger28125tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-91413580139473048882022-03-08T02:18:00.002-08:002022-03-08T02:18:26.693-08:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgHVYQoIRVH0ES8WDz94N_xjTGA1SuHsLBbRkPW4hspjljlmtf_lyY57hE-3zqH11Z48nHTf-p7y3ZTUsV-k_NIl31yQkiDoJA49y8swe-4zHR9NGgrBWl8ry61Rb14ZFo4SGD0omc6opWonF7BincrRh5N1KOsEEH1T8MOMHn2ArCoMCEr0Ik3ZlDM=s960" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgHVYQoIRVH0ES8WDz94N_xjTGA1SuHsLBbRkPW4hspjljlmtf_lyY57hE-3zqH11Z48nHTf-p7y3ZTUsV-k_NIl31yQkiDoJA49y8swe-4zHR9NGgrBWl8ry61Rb14ZFo4SGD0omc6opWonF7BincrRh5N1KOsEEH1T8MOMHn2ArCoMCEr0Ik3ZlDM=w400-h300" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-25986897629854734442022-02-27T15:33:00.001-08:002022-02-27T15:33:20.804-08:0027 DE FEVEREIRO / MORRE ZENO CARDOSO NUNES<p> </p><p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-rM-t2XuqlXn-M_FVIX93Ggbf0rrL_5frYFfQ2xvvoCLojg-z6gXx75Q8nDqdNtx1fcuQW4qVfacTYqh_-9rt3Nv3NaV3snrMduCKDqNyXF6RD79veOUIiJ3UW0Wnbwn5h4-wvoInRoc/s1600/3+Poetas+Serranos.jpg" style="background-color: #fff3db; color: #211104; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: left;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5578415473465854962" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-rM-t2XuqlXn-M_FVIX93Ggbf0rrL_5frYFfQ2xvvoCLojg-z6gXx75Q8nDqdNtx1fcuQW4qVfacTYqh_-9rt3Nv3NaV3snrMduCKDqNyXF6RD79veOUIiJ3UW0Wnbwn5h4-wvoInRoc/s400/3+Poetas+Serranos.jpg" style="border: 0px; display: block; height: 301px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a></p><p><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /></p><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No dia 27 de fevereiro de 2011 <strong>faleceu o poeta Zeno Cardoso Nunes.</strong> Zeno nasceu em 15 de agosto de 1917 sendo natural de São Francisco de Paula e foi, por duas gestões, presidente da Estância da Poesia Crioula. Ocupava a cadeira 27 da Academia Rio-Grandense de Letras. Autor de diversos livros, escreveu, juntamente com seu mano Rui Cardoso Nunes, o Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul, um dos livros gauchescos mais vendidos de nossa terra. Destacava-se, entre centenas de belíssimos poemas de sua marca, o conhecidíssimo Briga de Touros: ...Dentre aquela sentida orquestração / destacou-se um mugido forte e grosso / que reboou plangente no rincão: / Era o berro do touro brasileiro/lamentando o destino do estrangeiro / que quisera ser dono do seu chão.</span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-47705957001638622972022-02-23T02:07:00.003-08:002022-02-23T02:07:30.425-08:0022 DE FEVEREIRO - NASCE AURELIANO<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">Num dia 22 de fevereiro, do ano de 1845, </span><strong style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;">David Canabarro</strong><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;"> promove uma reunião do Conselho dos Generais Farroupilhas, em Ponche Verde, Dom Pedrito, para tratar do prosseguimento ou não da Guerra dos Farrapos quando se resolve pelo fim da contenda.</span><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;" /><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;" /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">Também num dia 22 de fevereiro, do ano de 1904</span><strong style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;">, </strong><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">nascia em Quarai o grande Poeta </span><strong style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;">Juca Ruivo </strong><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">e neste dia, no ano de 1983, morria, em Porto Alegre, o também poeta </span><strong style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;">Pery de Castro</strong><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">, fundador e Presidente da Estância da Poesia Crioula.</span><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;" /><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;" /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">Outro poeta falecido neste dia e mês, no ano de 1959, foi </span><strong style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;">Aureliano de Figueiredo Pinto</strong><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000;">, indiscutivelmente, um dos maiores vates nativistas de nossa terra, de todos os tempos.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtnFSoE3HIq1aB2R-6iNY4pVzY-ACrQhgRxcXxeQOCVO81snbjKk_pk1KejahAUt8RGMhTXJNSvPjLrmRpyKhNPUclli-Y3zCiHxP8SlaJ56SlpLme0oSkA1ABdjEEfg8V1LZakCN6l339P_viHIGRfBDbB-8bboY1tkSkGkqz8Y_6dKNNzUoRXMAk5Q=s700" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="700" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjtnFSoE3HIq1aB2R-6iNY4pVzY-ACrQhgRxcXxeQOCVO81snbjKk_pk1KejahAUt8RGMhTXJNSvPjLrmRpyKhNPUclli-Y3zCiHxP8SlaJ56SlpLme0oSkA1ABdjEEfg8V1LZakCN6l339P_viHIGRfBDbB-8bboY1tkSkGkqz8Y_6dKNNzUoRXMAk5Q=w400-h266" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both;">Aureliano de Figueiredo Pinto</div><div class="separator" style="clear: both;"><br /></div></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Com seu vigoroso regionalismo, o nosso idioma, longe de empobrecer-se, adquiriu novas e cintilantes riquezas. Seus poemas, nascidos das vivências campeiras, com invernos, tropeadas, rondas, noites longas, chimarrão, e outros temas rudes e belos. São sempre, impregnados de comovente humanismo e iluminados pelo sol de sua fulgurante cultura.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">A poesia de Aureliano Figueiredo Pinto, profundamente ligada a terra, tem uma extraordinária densidade humana, assumindo sua temática, em muitos passos, o sentido de um canto geral que transcende o mero regionalismo. Poucos livros refletem com mais autenticidade o homem e a paisagem do Rio Grande do que estes “Romances de Estância e Querência”.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Aureliano de Figueiredo Pinto nasceu em 1º de agosto de 1898, na fazenda São Domingos, município de Tupanciretã, filho de Domingos José Pinto e de Marfisa Figueiredo Pinto. Exerceu o ofício de médico, mas por essência foi poeta e escritor.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">O processo de alfabetização inicia-se em 1904 quando recebeu aulas de sua mãe, quatro anos depois no colégio Santa Maria em Santa Maria, seguiu seus estudos, de onde enviou a sua mãe seus primeiros poemas. Aureliano inicia ali seu martírio, sua ressurreição e sua glória: escrever.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Aos 17 anos, nasceu uma grande amizade com Antero Marques. Antero seria, pela vida afora companheiro, crítico e confidente a dividir aulas, pensões, ruas, e uma infinidade de cartas. Iniciam as discussões políticas, literárias e filosóficas, que os levariam a participar da Revolução de 30.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Passou a residir em Porto Alegre 3 anos mais tarde, onde prepara o vestibular para Direito, que trocaria mais tarde pela Medicina. Os poemas escritos em meio às anotações escolares antecediam sua estreia com poemas publicados no jornal Correio do Povo, com pseudônimo e nome próprio e nas revistas Kodak e A Máscara, um ano mais tarde. Amigos passam a classificar seus poemas entre as correntes simbolista e parnasiana. Entre as anotações de aula, Aureliano escreve o poema Gaudério, que marcaria sua vinculação com o nativismo. Anos depois, Gaudério e Toada de Ronda seriam musicados por João Fischer. Segundo testemunhas de Antero Marques, Raul Bopp, entusiasmado com a produção do poeta diria que “Bilac assinaria estes versos” O poema Toada de Ronda é considerado o marco inicial da poesia nativista no Rio Grande do Sul.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Em 1924, parte para o Rio de Janeiro estudar Medicina, lá cursa o primeiro e o segundo ano e retorna a Porto Alegre. Lê Paja Brava, do Viejo Pancho, que marcará sua produção artística, e também livros de poetas regionalistas uruguaios e argentinos, que o influencia a escrever poemas em espanhol. Em 1926, volta aos estudos de Medicina no Rio de Janeiro, mas no mesmo ano retorna a Porto Alegre. Somente em 1931, conclui o curso de Medicina, e logo abre seu consultório em Santiago. Abre o coração aos campos e aos tipos humanos que o povoam. A partir dali o trabalho de médico rouba-lhe o tempo de leitura e criação. Passa a fazer viagens ao interior do município, atendendo a chamados médicos e fica com os peões tomando mate e ouvindo causos.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Três anos mais tarde por falta de dinheiro dos clientes para compra de remédio, suas práticas médicas são interrompidas. Aureliano cria um código que é colocado nas receitas, para que fossem debitadas para alguns de seus amigos. Nessa época, seus poemas são datilografados por Túlio Piva, para quem produz textos para serem lidos na rádio local.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Em 1937, já com quase 40 anos, passa a dirigir o Posto de Higiene de Santiago. Anos mais tarde, seria o fundador do Hospital de Caridade. Casa com Zilah Lopes, em 29 de dezembro de 1938 com que tem 3 filhos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Em 1941, troca Santiago por Porto Alegre, assume a subchefia da Casa Civil do interventor Cordeiro de Farias. Fica poucos meses no cargo e retorna a Santiago.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Em 1956 inicia a reunir e selecionar seus poemas, espalhados entre amigos, para publicá-los em livros. Seu filho José Antônio vai à Editora Globo e ali espera até ter em mãos dez volumes de Romances de Estância e Querência – Marcas do Tempo o primeiro livro publicado de Aureliano de Figueiredo Pinto. Aureliano vem a falecer em 22 de fevereiro de 1959 com câncer.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: medium;">Em 1963, é publicado “Ad Sodalibus” pela Livraria Sulina, seu segundo livro de poesias Romances de Estância e Querência – Armorial de Estância e Outros Poemas. Em 1974, é publicada pela Editora Movimento, a novela Memórias do Coronel Falcão. Em 1975, Noel Guarany recebe autorização dos familiares do poeta para musicar Bisneto de Farroupilha e Canto do Guri Campeiro.</span></p></div></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-24375101876919843682022-02-20T14:13:00.001-08:002022-02-20T14:13:08.302-08:00ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA <p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"><b>POETAS FUNDADORES</b></span></p><p style="text-align: center;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjz-d3Zi41kLtdnSPODeh31lPEzQzfBPvTxJs-MEzfoc2umW-2PfD7HCBaJ86R9Owwa4jLuoTgzYwJTZ9BwoVsHwzPM_0QjrGcszg2MbbCa13Z9JFwxUb9cxgrPyOBqwFubzMzvk8G5icNBXaoWUiGfuh9v3d-4TAEeTNbRpTS9O2pbLOiAd1WQfoF_=s449" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="449" data-original-width="350" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjz-d3Zi41kLtdnSPODeh31lPEzQzfBPvTxJs-MEzfoc2umW-2PfD7HCBaJ86R9Owwa4jLuoTgzYwJTZ9BwoVsHwzPM_0QjrGcszg2MbbCa13Z9JFwxUb9cxgrPyOBqwFubzMzvk8G5icNBXaoWUiGfuh9v3d-4TAEeTNbRpTS9O2pbLOiAd1WQfoF_=w311-h400" width="311" /></a></div><p style="text-align: center;">ADILZA LAYDNER DE CASTRO</p><p style="text-align: center;"><br /></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Poetisa lírica e regionalista, primorosa sonetista, trovadora, contista, musicista e cantora.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nome Literário: Nilza Castro</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nasceu em Santa Maria, RS, 23/04/1911</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Faleceu em Porto Alegre, RS, 1°/04/2002</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Era casada com a Poeta Pery de Castro e eram considerados, ela, a Matriarca e ele, o Patriarca da Estância da Poesia Crioula. A entidade organiza um Concurso Nacional de Sonetos que leva o seu nome.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Pertenceu a diversas entidades culturais, entre as quais: União Brasileira de Trovadores, Grêmio Literário Castro Alves, Associação Santa Mariense de Letras e Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">É autora de uma série de músicas e letras regionalistas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Colaborou no Correio do Povo e em vários jornais e revistas do País.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Tem participações em antologias e coletâneas de entidades culturais e citações em obras literárias e na imprensa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">OBRAS: Na Sombra da Ramada – Poesia (1987); Raqueteada de Trovas – Harmonia de Dois Cantos, em parceria com Adines Gavião (1996).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">“ESTÂNCIA DA POESIA CRIOULA</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Recordo aquela noite de invernia,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">de encontros sorridentes e de abraços,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">voto e presença de uma Academia</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">já ensaiando os primeiros passos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em cada coração que se expandia,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">acendendo luzeiros nos espaços,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">jorrava, aos borbotões, tema e poesia</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">na cadência pampeana dos compassos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">E foram desfilando os pajadores,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">artífices do verso, contadores</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">das nossas lendas, das consagrações...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p>E a Estância da Poesia, enriquecida,</p><p>cultuando os ideais da arremetida,</p><p>gravou nas letras as nossas tradições!</p><p><br /></p><p><i>Colaboração: Poeta Cândido Brasil </i></p><p><i><br /></i></p><p><i><br /></i></p><p><br /></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-51161399184882490852022-02-19T11:27:00.007-08:002022-02-19T11:29:17.200-08:00REPONTANDO DATAS <p> </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"> <b><span style="font-size: medium;"> </span><span style="font-size: medium;">A
POESIA DE AMÂNDIO BICCA</span></b><span style="text-align: left;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Hoje a Estância da Poesia Crioula homenageia um de seus fundadores, o poeta regionalista Amândio Bicca Quintana, nascido em Las Piedras (Canelones), Uruguai, em 07 de setembro de 1912 e falecido em Porto Alegre no dia <b>19 de fevereiro de 1990. </b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">SAUDADE</p>
<p class="MsoNormal">(Autor: Amândio Bicca Quintana)</p><p class="MsoNormal"> </p>
<p class="MsoNormal">Saudade é armada de laço</p>
<p class="MsoNormal">que aos poucos vai apertando,</p>
<p class="MsoNormal">enquanto a gente sonhando</p>
<p class="MsoNormal">com a liberdade passada,</p>
<p class="MsoNormal">não sente o aperto da armada</p>
<p class="MsoNormal">que aos poucos nos vai matando.</p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">É tapera abandonada</p>
<p class="MsoNormal">no fundo de algum rincão.</p>
<p class="MsoNormal">Saudade é água passada</p>
<p class="MsoNormal">que deixa valos no chão,</p>
<p class="MsoNormal">é cruz de angico cravada</p>
<p class="MsoNormal">no alto de um coxilhão.</p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Saudade é coice certeiro</p>
<p class="MsoNormal">do tordilho de confiança,</p>
<p class="MsoNormal">cornada de vaca mansa,</p>
<p class="MsoNormal">punhalada traiçoeira</p>
<p class="MsoNormal">que embora a gente não queira</p>
<p class="MsoNormal">deixa a marca por lembrança.</p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">A brasita que se esconde</p>
<p class="MsoNormal">entre as cinzas do fogão</p>
<p class="MsoNormal">conserva quente o galpão</p>
<p class="MsoNormal">onde o passado se apeia.</p>
<p class="MsoNormal">Saudade é brasa vermelha</p>
<p class="MsoNormal">nas cinzas do coração.</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><br /></p><br /><p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-42904946402418679422022-02-17T03:46:00.006-08:002022-02-17T03:46:57.652-08:00EPC PASSA A SER PRODUTORA CULTURAL <p> </p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Um excelente notícia
para os integrantes da Estância da Poesia Crioula e para os amantes da arte
poética em geral. Ontem, dia 16, a entidade foi inscrita como produtora
cultural no sistema Pró Cultura da Secretaria de Cultura do RS.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Num esforço de nosso
Presidente Maxsoel Bastos de Freitas a EPC passará a ser produtora de seus
próprios eventos e projetos com possibilidade de angariar recursos Públicos
como o FAC, por exemplo, que no momento encontra-se com editais abertos.
"Vamos, pela primeira vez, tentar subsidiar a nossa antologia",
informou o Presidente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhd1BWrTwsgwoUmevU54wwad24JHSKZ-Bu4EC9FEQLDbDjo2KYsG6J1b7-hffRrjpGWT3cX0SLclIfSiiwCIfatOeaIqX8xyRx8Qq0HnzML3Ef8YyNIONvqDlWiAQMfklnHX2MrUOvog53-Pz7ff5gyQIFnKhw1sVIW5fu0qII19X0g9jZYb6x-53xU=s1050" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="428" data-original-width="1050" height="163" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhd1BWrTwsgwoUmevU54wwad24JHSKZ-Bu4EC9FEQLDbDjo2KYsG6J1b7-hffRrjpGWT3cX0SLclIfSiiwCIfatOeaIqX8xyRx8Qq0HnzML3Ef8YyNIONvqDlWiAQMfklnHX2MrUOvog53-Pz7ff5gyQIFnKhw1sVIW5fu0qII19X0g9jZYb6x-53xU=w400-h163" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-44952016426535358932022-02-02T15:31:00.003-08:002022-02-02T15:31:30.319-08:00<p> </p><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO2GGpOjZfulUEmnH778A5vi6FoKoZ_jWAXF5TD6SM9RuzwfxIoaPcuPMxEMMtS4sxezdhMKthhPzDfNkM7DUWZlKrHaSQpn6NGYXJM40a13Xc3X1_IKGyWWXjUExwZj6wYX_p4KahbD57/s1600/bc2a51ae945a648eaea4ec826fea6083.jpg" imageanchor="1" style="color: #211104; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="500" height="355" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO2GGpOjZfulUEmnH778A5vi6FoKoZ_jWAXF5TD6SM9RuzwfxIoaPcuPMxEMMtS4sxezdhMKthhPzDfNkM7DUWZlKrHaSQpn6NGYXJM40a13Xc3X1_IKGyWWXjUExwZj6wYX_p4KahbD57/s400/bc2a51ae945a648eaea4ec826fea6083.jpg" style="border: 0px;" width="400" /></a></div><p><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /></p><div align="center" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;"><table border="0" cellpadding="0" class="MsoNormalTable"><tbody><tr><td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt; width: 328.781px;" width="80%"><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="color: #660000; font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;">PETIÇO <a href="https://www.blogger.com/null" name="topo" style="color: #211104;"></a></span><span style="color: #660000; font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div></td></tr><tr><td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt; width: 328.781px;" valign="top" width="70%"><div class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="color: #660000; font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;">Cyro Gavião</span></i><span style="color: #660000; font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt;"><i><span style="color: #660000; font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span></i><span style="color: #660000; font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;"> </span><span style="color: #660000; font-family: "times new roman", serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="color: #660000; font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;">Esse petiço troncho que, ao passito,<br />Vem chegando co'a pipa, lá da fonte,<br />Foi quebra noutros tempos... foi bonito,<br />Foi mestre, num rodeio e num reponte.<br /><br />Mas, hoje, nem o relho, nem o grito<br />Da gurizada já lhe altera a fronte<br />Indiferente a tudo, ao infinito,<br />A mais um dia que se lhe desconte.<br /><br />Até dá pena ver esse sotreta,<br />Trocando perna, ao lado da carreta<br />Num caminhar tristonho, passo a passo...<br /><br />Petiço velho,... jóia do meu pago!<br />Saudade amarga que, comigo, trago,<br />Espera,...qu'eu também sinto cansaço.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="color: #660000; font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 15.6pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="color: #660000; font-family: inherit, serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div></td></tr></tbody></table></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-83633578346378584942022-01-29T02:16:00.001-08:002022-01-29T02:16:07.334-08:00GAÚCHO<p> </p><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiXlhRxrxkzherNNjvJPAjG_cHvWHZ23RSDHIK3lCwOze_8P09W5mu7If3z-w5wAPfDppufB2VYeURxxoM-m2fhTSIPFL1EzbakFzQvevuP19pkml000j54MidFnRVw7Tp0aykSiwaZKHuVAMJNakfmAqtqKtR1Wp4NODJpz1PkEqWyKEaMlKI7OjuAmQ=s685" imageanchor="1" style="color: #211104; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="685" data-original-width="513" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiXlhRxrxkzherNNjvJPAjG_cHvWHZ23RSDHIK3lCwOze_8P09W5mu7If3z-w5wAPfDppufB2VYeURxxoM-m2fhTSIPFL1EzbakFzQvevuP19pkml000j54MidFnRVw7Tp0aykSiwaZKHuVAMJNakfmAqtqKtR1Wp4NODJpz1PkEqWyKEaMlKI7OjuAmQ=w480-h640" style="border: 0px;" width="480" /></a></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;">Gravura: Rodolfo Ramos </div><p><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /></p><p style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px; text-align: center;"><br /></p><p style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px; text-align: center;"><span style="text-align: left;">Fragmentos do poema GAÚCHO de Antônio Augusto Fagundes </span></p><p style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><br /></p><p style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">Os moços de Porto Alegre<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">- escritores, jornalistas,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">aqueles que sabem tudo,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">ou pensam que sabem tudo...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">disseram que já morreste.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">Ou então que estás de a pé,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">sem cavalo, sem bombacha,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">sem bota, espora ou chapéu,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">sem comida e sem estudo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;"> </span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">Moços da voz de veludo<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">e máquinas de escrever<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">produzidos no estrangeiro<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">dizem que tu, companheiro,<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">morreste ou estás mui mal<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">porque o êxodo rural<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">te atirou pelas sarjetas<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">sujo de pó e de barro<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">catando a toa cigarro<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">nos becos da capital...<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;"> </span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">E no entanto, estás vivo!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">Estás vivo e trabalhando<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">e produzindo o que comem<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">esses moços do jornal.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;"> </span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;">Quem é gaúcho, afinal?</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;"><br /></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 13pt;"><br /></span></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-51710501650531363002022-01-14T14:00:00.003-08:002022-01-14T14:00:42.532-08:00JOÃO DA CUNHA VARGAS<p> </p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjoIdNO-q7gP3v0EO9qd6qQvcDH-ImJojK7k6JOvG8rU8CNw9h1togP0Kw0vXcvg6B0oJBeyo7m4j-0pxW46TjNv8O-4Cgpoi14f80-IV-rnF5aA0kVMKY-K1nlk83UA_-GtdE6YVOJzKnfW5hAlG7fwIkE3qa6RIGqmEt7dKSfeP70ziBN_tZnRsv2=s225" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjoIdNO-q7gP3v0EO9qd6qQvcDH-ImJojK7k6JOvG8rU8CNw9h1togP0Kw0vXcvg6B0oJBeyo7m4j-0pxW46TjNv8O-4Cgpoi14f80-IV-rnF5aA0kVMKY-K1nlk83UA_-GtdE6YVOJzKnfW5hAlG7fwIkE3qa6RIGqmEt7dKSfeP70ziBN_tZnRsv2=w400-h400" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">João da Cunha Vargas
nasceu em 28/12/1900 e não foi além das primeiras letras e, como ele mesmo
costumava dizer, não era ‘muito manso de livros’. Certamente aprendeu os
segredos que nos conta ao ranger dos bastos e no tranco das tropeadas, talvez
por isso sua poesia mais que repete o que o povo diz, ela tem uma inscrição
pessoal poucas vezes vista.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt; line-height: 115%;">DEIXANDO O PAGO<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Alcei
a perna no pingo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
saí sem rumo certo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Olhei
o pampa deserto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
o céu fincado no chão<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Troquei
as rédeas de mão<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Mudei
o pala de braço<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
vi a lua no espaço<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Clareando
todo o rincão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
a trotezito no mais<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Fui
aumentando a distância<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Deixar
o rancho da infância<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Coberto
pela neblina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Nunca
pensei que minha sina<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Fosse
andar longe do pago<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
trago na boca o amargo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Dum
doce beijo de china.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Sempre
gostei da morena<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">É
a minha cor predileta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Da
carreira em cancha reta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Dum
truco numa carona<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Dum
churrasco de mamona<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Na
sombra do arvoredo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Onde
se oculta o segredo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Num
teclado de cordeona.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Cruzo
a última cancela<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Do
campo pro corredor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
sinto um perfume de flor<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Que
brotou na primavera<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">À
noite, linda que era<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Banhada
pelo luar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Tive
ganas de chorar<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Ao
ver meu rancho tapera.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Como
é linda a liberdade<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Sobre
o lombo do cavalo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
ouvir o canto do galo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Anunciando
a madrugada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Dormir
na beira da estrada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Num
sono largo e sereno<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
ver que o mundo é pequeno<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">E
que a vida não vale nada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">O
pingo tranqueava largo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Na
direção de um bolicho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Onde
se ouvia o cochicho<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">De
uma cordeona acordada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Era
linda a madrugada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">A
estrela d'alva saía<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">No
rastro das três marias<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Na
volta grande da estrada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Era
um baile, um casamento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Quem
sabe algum batizado<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Eu
não era convidado<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Mas
tava ali de cruzada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Bolicho
em beira de estrada<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Sempre
tem um índio vago<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Cachaça
pra tomar um trago<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Carpeta
pra uma carteada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Falam
muito no destino<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Até
nem sei se acredito<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Eu
fui criado solito<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Mas
sempre bem prevenido<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Índio
do queixo torcido<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Que
se amansou na experiência<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Eu
vou voltar pra querência<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.0pt;">Lugar
onde fui parido.<o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-84635379654144966542022-01-07T11:59:00.002-08:002022-01-07T11:59:30.416-08:00<p> </p><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><strong><span style="color: black;">NASCE O POETA CYRO GAVIÃO</span></strong><br /><strong><span style="color: red;"></span></strong><br /> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Num dia 07 de janeiro, do ano de 1913, nascia em <st1:personname productid="em Itaqui Cyro" w:st="on">Itaqui Cyro</st1:personname> Gavião, autor do livro Querência Xucra e de dezenas de poemas espalhados por este Rio Grande velho. Foi membro da Estância da Poesia Crioula. Faleceu em Porto Alegre, onde morava, no ano de 1976. Abaixo uma de seus belos poemas intitulado:<br /><br /> </span></div><table border="0" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;"><tbody><tr><td width="80%"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">PETIÇO <a href="https://www.blogger.com/null" name="topo" style="color: #211104;"></a></span></td><td width="10%"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"> </span></td></tr><tr><td valign="TOP" width="70%"><div align="LEFT"><em><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Cyro Gavião</span></em></div><div align="LEFT"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><em><br /></em> </span></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Esse petiço troncho que, ao passito,<br />Vem chegando co'a pipa, lá da fonte,<br />Foi quebra noutros tempos... foi bonito,<br />Foi mestre, num rodeio e num reponte.<br /><br />Mas, hoje, nem o relho, nem o grito<br />Da gurizada já lhe altera a fronte<br />Indiferente a tudo, ao infinito,<br />A mais um dia que se lhe desconte.<br /><br />Até dá pena ver esse sotreta,<br />Trocando perna, ao lado da carreta<br />Num caminhar tristonho, passo a passo...<br /><br />Petiço velho,... jóia do meu pago!<br />Saudade amarga que, comigo, trago,<br />Espera,...qu'eu também sinto cansaço.<br /><br /><br /></span></td></tr></tbody></table>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-50668593269313244222022-01-06T01:38:00.002-08:002022-01-06T01:38:42.412-08:00HOJE É DIA DOS SANTOS REIS <p> </p><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVmuLfksrsWb3HpRw2F9YrGlDbKR8p6UEP1iHSALCza_XQpfdlCWty2zQ41nckJ4uyydHv9V9gFn0uPOBxaMKEdQaP50YA_Xq4V1aTpOXGPa01lM5LG47rdKm5kGyjgjjtlOegoUQaYxa8/s1600/reis.jpg" style="color: #211104; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVmuLfksrsWb3HpRw2F9YrGlDbKR8p6UEP1iHSALCza_XQpfdlCWty2zQ41nckJ4uyydHv9V9gFn0uPOBxaMKEdQaP50YA_Xq4V1aTpOXGPa01lM5LG47rdKm5kGyjgjjtlOegoUQaYxa8/s400/reis.jpg" style="border: 0px;" width="400" /></a></p><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><i>No flagrante acima, Paixão Côrtes e Os Três Xirus (Leonardo tocando tambor a esquerda, Elmo Neher ao violão e Bruno Neher com o acordeom) numa cantiga de reses.</i></div><p><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Mas como se compõe e qual a função do Terno de Reis?<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Segundo o folclorista Paixão Côrtes, é variável o número de participantes de um "terno" pois nem sempre os cantadores são também instrumentistas, e isto obriga a uma maior divisão de funções. No geral, não vai além de oito pessoas: o mestre ou guia e o ajudante de mestre; contramestre e ajudante de contramestre; o tipe; o tambor; o triângulo e a rabeca. O mestre, que é o diretor, deve não só ser um bom repentista como também um bom conhecedor da história do nascimento de Jesus, principalmente no que se refere à visita dos Reis Magos. É o mestre (em primeira voz) que inicia o canto acompanhado de seu ajudante (em segunda voz); o verso é então repetido pelo contramestre e seu ajudante, também em primeira e segunda voz, respectivamente. O tiple ou tipe ou ainda tipi, é ordinariamente uma criança que se encarrega de cantar as firmatas características do segundo e do quarto verso de cada estrofe ou somente deste último. Podem existir um ou dois tipes em cada terno. Sobre esta figura assim se expressou o folclorista Mário de Andrade: "A mim me parece que o quipe que 'faz o contracanto' é o mesmíssimo 'tiple', também 'tipe' pela nossa gente folclórica, palavra de terminologia musical espanhola que nomeia o soprano (se trata dum menino) muito generalizada nas cantorias brasileiras para indicar uma voz subalterna.<br /><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Embora raro, encontramos o terno acompanhado de pau de fita, boizinho, bumba-meu-boi etc., então com suas representações coreográficas algo dramáticas, lembrando um rancho definido por Mário de Andrade. Aparecem também por vezes homens vestidos de mulheres, bem como os arcos de flores das "jardineiras", os cavalheiros, os porcos, caiteto, uma verdadeira bicharada.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Letra e música<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">As estrofes de nossos ternos de Reis, são quadrinhas na maioria das vezes de feitura popular, heptasílabas que narram episódios referentes ao nascimento de Cristo. Podemos classificá-las como religiosas e profanas. As primeiras são aquelas que no seu conteúdo mantêm bem vivo o motivo cristão das comemorações da Bíblia. As profanas são as que fogem ao tema do ciclo natalino religioso. Mas antes desta narração encontram-se os versos de chegada ou de saudação, à porta da casa. Os versos compreendem vários ciclos: anterior ou véspera de 25, dia de Natal, de 25 à 1º do ano e de 1º de janeiro ao dia de Reis. As estações são cantadas de acordo com o decorrer dos dias, e obedecem as seguintes principais frases: Chegada, Entrada, Louvação, Peditório, Agradecimento e Despedida.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Cada terno tem mais ou menos decorado um número grande de versos, podendo no entanto "o mestre" acrescentar improvisos que a situação exigir.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">São numerosas as melodias existentes. Variam de região para região. Talvez os tipos de instrumentos musicais acompanhantes tenham contribuído para o surgimento dessas variedades. Em nossas pesquisas registramos inúmeras "toadas". As melodias geralmente apresentam duas partes distintas: uma bastante lenta, corresponde aos versos cantados; a outra somente tocada, no geral caracteriza-se por uma aceleração do ritmo.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">A seguir damos um exemplo da maneira de como é "tirado" um verso pelos cantores:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Cantam: mestre e seu ajudante<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Os três Reis por serem Santos<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Os três Reis por serem Santos<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Se puseram a caminhar<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Repetem: contramestre e seu ajudante<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Os três Reis por serem Santos<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Os três Reis por serem Santos<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Se puseram a caminhar<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Cantam: mestre e seu ajudante<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Procurando Jesus Cristo<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Procurando Jesus Cristo<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Em Belém foram encontrar<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Repetem: contramestre e seu ajudante<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Procurando Jesus Cristo<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Procurando Jesus Cristo<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Em Belém foram encontrar<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Em outros ternos, porém, cantam os "reses" quadrinha por quadrinha; assim como as melodias, as maneiras de cantar são também distintas.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Geralmente eles terminam o verso bem "choroso", acrescentando "oi"...<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Instrumentos<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Os instrumentos musicais que podem considerar como tradicionais são: viola, rabeca, gaita, violão, tambor ou caixa de triângulo.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Comum outrora era a parceira da viola com a rabeca acrescida quase sempre de tambor ou triângulo. Na falta deste último um estribo de meia picaria é também usado.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Atualmente a gaita tomou conta da parte musical, fazendo-se acompanhar do violão e não raro de pandeiro, chocalho e cavaquinho.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Visita<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Em traços gerais a visita dá-se da seguinte maneira: no terreiro da casa, o "terno" tendo a frente o "mestre" e o "ajudante", faz em verso de "saudação" ao dono da residência, solicitando permissão para cantarem e ao mesmo tempo justificando-se da sua chegada:<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Chegada<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Agora mesmo chegamos<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Na beira do seu terreiro<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Para tocar e cantar<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Licença peço primeiro<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Entrada<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Se o proprietário concorda — geralmente muito satisfeito e feliz — abre a porta, convidando o mestre e seus cantadores para passarem. Existe mesmo uma certa tradição que consiste em o proprietário aguardar alguns versos para no caso positivo de receber o terno, acender as luzes da casa.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Porta aberta, luz acesa<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Sinal de muita alegria<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Entra eu, entra meu terno<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;">Entra toda a companhia<br /><br />Na saída, após muita cantoria, os cantores e os familiares ficam de alma limpa pela visita que representa a presença do menino Jesus em seu lar.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: justify;"><br /></div><p><br /></p><p><br /></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-81843308164268589922021-12-31T04:39:00.008-08:002021-12-31T04:39:56.381-08:00<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/MB6o7la1YtQ" width="460" youtube-src-id="MB6o7la1YtQ"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Pajada do Ano Novo - Jayme Caetano Braun</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-79039929223287438582021-12-29T13:02:00.001-08:002021-12-29T13:02:08.117-08:00<p> </p><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKOahZZx_14Et72hJtZfPuqxPkU5LuXlYaWif2QJ4kuUElwgwnQxuWGxfMUbV2LJi5C7TujndGcDMMTL-HW8a-iysHi5UBb8rPmgXOV2MzO_97xI2MsxQ2NTAmTsKmDZppRZMbKEq32xv/s1600/boleadeiras2.jpg" imageanchor="1" style="color: #211104; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigKOahZZx_14Et72hJtZfPuqxPkU5LuXlYaWif2QJ4kuUElwgwnQxuWGxfMUbV2LJi5C7TujndGcDMMTL-HW8a-iysHi5UBb8rPmgXOV2MzO_97xI2MsxQ2NTAmTsKmDZppRZMbKEq32xv/s400/boleadeiras2.jpg" style="border: 0px;" width="353" /></a></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><b>O BOLEADOR </b></span></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: medium;">- Bernardo Taveira Junior - </span></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;"><br /></div><p style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><br /></p><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">E o destro campeiro na fúria indomável,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">seguindo o cavalo que vai a fugir,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">as pedras meneia com braço de ferro,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">enquanto as não deixa certeiras partir.</span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">E a certa distância que mede co'a vista,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">o impulso tenteia visando o bagual,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">e após, lá consigo, contando com a presa,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">desprende o seu tiro terrível, fatal!</span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">E as pedras tremendas fungando no espaço,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">lá vão zig-zigs formando no ar,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">lá vão implacáveis cair como um raio</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">na frente do bicho que intenta escapar.</span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">E as pernas das bolas o bicho mal sente</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">nas mãos lhe tocarem, priscando coiceia,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">e quanto mais prisca, coiceia ariscado,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">mais ele se enreda, nas bolas se enleia.</span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">E os fortes campeiros que adoram proezas</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">soltaram mil vivas naquela amplidão;</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Um tiro de bolas há muito não viam</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">com mais bizarria, com mais perfeição.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-46878161014640663462021-12-25T02:55:00.005-08:002021-12-25T02:55:47.372-08:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="357" src="https://www.youtube.com/embed/P1Edsd7fNBg" width="501" youtube-src-id="P1Edsd7fNBg"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Natal Galponeiro - Jayme Caetano Braun</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> <p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-48446445653660688932021-12-24T03:23:00.001-08:002021-12-24T03:23:26.538-08:00O NATAL NA VISÃO DE PAIXÃO CÔRTES<p> </p><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiBzoqFlNv9hD9Ekqkho9yhKMluouFXXyT1RPyFBELUngJMkMBGNPvRrkbgaE8R3u_mLnOLmthEnCEkhpOIeq9X6dKNzxKd-NGLa450zZnQTOhdKC1gAucUz5P_TceQvh9bmcr6wFr87nLFnIyD23ZB5gAeu3RJasuDM9GqNQSLIG5lYnHElaZ6wKE-Rg=s275" style="color: #211104; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiBzoqFlNv9hD9Ekqkho9yhKMluouFXXyT1RPyFBELUngJMkMBGNPvRrkbgaE8R3u_mLnOLmthEnCEkhpOIeq9X6dKNzxKd-NGLa450zZnQTOhdKC1gAucUz5P_TceQvh9bmcr6wFr87nLFnIyD23ZB5gAeu3RJasuDM9GqNQSLIG5lYnHElaZ6wKE-Rg=w400-h266" style="border: 0px;" width="400" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TfCAYrMpf60zbWM11RRYIJhaClSD7d3_u8F00auV1h7LNUs3u7GiAsz-6Uqx0DIjW3pDieFTKJh6GW7CDriK_PQTuoKapB8oZyE5iByTIOSXXHm2T1kRDOdPCoehX81ahmuTDvVPeps/s1600/Paix%25C3%25A3o+01.jpg" style="color: #211104;"><br /></a></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TfCAYrMpf60zbWM11RRYIJhaClSD7d3_u8F00auV1h7LNUs3u7GiAsz-6Uqx0DIjW3pDieFTKJh6GW7CDriK_PQTuoKapB8oZyE5iByTIOSXXHm2T1kRDOdPCoehX81ahmuTDvVPeps/s1600/Paix%25C3%25A3o+01.jpg" style="color: #211104;"><br /></a></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span face="Georgia, Times New Roman, sans-serif" style="color: #211104;"><u><br /></u></span></div><span style="font-size: medium;"><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">O saudoso folclorista João Carlos Paixão Côrtes sempre condenou as encenações natalinas nas quais o Papai Noel aparece vestido com trajes típicos gaúchos. 'Isso não existe', cutucava o historiador que, junto com Barbosa Lessa, é responsável pela maior garimpagem de temas folclóricos e populares do Rio Grande do Sul, incluindo danças, culinária, trajes e instrumentos musicais.</span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">A figura do velhinho surgiu no Rio Grande do Sul após a 1ª Guerra Mundial, baseada em um santo (São Clauss para os nórdicos europeus) da Igreja Católica. 'Foi criado pelo desenhista Tomas Nast, que se inspirou em um poema de seu compatriota norte-americano Clemente Clark Moore.' Dizia Paixão Côrtes:<i> a indústria comercializa e profaniza essa figura. 'Nast deu-lhe forma, traços e cores, restaurou a cor vermelha da roupa do velho bispo Nicolau e acrescentou uma capa também rubra. O caricaturista inventou um gorro vermelho e, mais tarde, a roupagem de inverno foi simplificada para um gibão, uma espécie de calça abombachada.</i></span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">De acordo com o folclorista, <i>os organizadores dos eventos precisam valorizar o Natal tipicamente gauchesco, abandonando pinheiros europeus, trenós e roupas de lã. 'O verdadeiro Natal Gaúcho é uma festa da família, onde se comemora o nascimento de Cristo diante de um presépio, representativamente, com a presença do Menino Jesus na manjedoura, com burrico, vaquinha, ovelha, cânticos fundamentados em mensagens de um cristianismo puro e singelo, anunciando a chegada dos Reis Magos', ensina o pesquisador.</i></span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Paixão criticava nomes utilizados em algumas encenações como 'Guri de Nazaré' ou 'Prenda do Céu'. <i>Querem agauchar a religião'</i>. </span><i>Sempre que se aproxima o fim do ano, vejo entristecido que a querência vai se deixando envolver, mais pelas fantasias das luzes da cidade, pela ambição de um certo comércio, sedento de grandes lucros. Refiro-me ao PAPAI NOEL e ao NATAL. </i></span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /><i><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Aliás, da América Latina, é, mais frequente no Brasil, que aparece a figura, misto de "Lucifer-santo", atemorizando as crianças travessas e faltosas, prometendo-lhes varas de marmelo e, quase ao mesmo tempo, com um saco de brinquedos às costas, estende a mão aos guris comportados, oferecendo-lhes "bondosamente" presentes. </span><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Na maioria dos demais países sul-americanos, não encontramos Papai Noel distribuindo presentes no Natal, como acontece em nosso país.</span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">A verdadeira tradição natalina rio-grandense é aquela em que se comemora o dia do nascimento de Cristo, diante de um presépio, com Menino Jesus na manjedoura, com burrico, vaquinha, ovelha, cânticos, anunciando a chegada dos Reis Magos... </span><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Este é o verdadeiro NATAL GAÚCHO Festa da família. "Dia de Navidad" como denominam os países de língua espanhola na América do Sul. </span><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Qual a razão do renascimento do culto de uma árvore, tão difundido entre os povos mais primitivos? De onde é, este tipo de pinheiro, estranho ao nosso, que se desenvolve em determinadas regiões do Brasil?</span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Imaginem só! No mais forte do verão, aqui, um Papai Noel vestido com grossas roupas de lã, capuz, todo respingado de neve, descendo, de botas, de uma chaminé ou sentado em um trenó, puxado por gamos... </span><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Velinhas e bolinhas coloridas completam os enfeites das mesas onde são servidas nozes, tâmaras, torrones, chocolates, ameixas secas, passa, etc, alimentos de alto teor calorífico, próprios para o inverno, em pleno clima europeu... </span><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Tudo isso num país tropical como o Brasil!!!</span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">Entretanto, tentemos encontrar, na história universal das festividades natalinas, algumas explicações para o surgimento de certos acontecimentos, hoje vividos em muitos rincões do mundo.</span><br /></i><br /><i><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">O nosso homem do campo desconhece as comemorações do natal à maneira como hoje são usuais nas cidades, como uma árvore de neve, enfeitada, e de presentes ansiosamente esperados, com um Papai Noel atemorizando os guris travessos ou fazendo elogios ao bom filho. Isto não quer dizer que no campo os homens tenham se esquecido das mensagens cristãs de Natal, a entrada do Ano Novo e o Dia de Reis. Se o dia primeiro de janeiro é festivamente assinalado por um churrasco e "ressacas", não menos vibrantes são os festejos de Natal, com os "Ternos de Reis" - grupos musicais que anunciam, de rancho em rancho, de casa em casa, o nascimento do Salvador.</span><br /><br /><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif">O objetivo desta visita varia de um terno para outro: alguns visam unicamente louvar a memória de Jesus Menino; outro terno visa propiciar aos cantadores uma doce retribuição ao desgaste de suas cordas vocais, através de fartos comes e bebes que os donos da casa nunca se esquecem de oferecer. Finalmente, há aqueles que, oprimidos pelas necessidades materiais que muitas vezes afligem nossos trabalhadores rurais, saem "pedindo os reis", na certeza de que ao menos no campo ainda não se esqueceram de toda as lições de fraternidade que Cristo legou aos nossos homens de bem.</span></i></span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif"><br /></span></i></span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif"><br /></span></i></span></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-1680942028133626562021-12-22T14:19:00.005-08:002021-12-22T14:20:23.329-08:00MENSAGEM NATALINA DA POETISA <p> </p><p style="text-align: center;"> <b><span style="font-size: medium;">BEATRIZ DE CASTRO, FUNDADORA DA E.P.C.</span></b></p><p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"><br /></span></b></p><p style="text-align: center;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhlSdoHxSdfBBXi2FcLCHeLAhFgAF3IJ44tqbEPtQwcARQFnw-Qyb_G-po0IwoN7dh3_ATUAEnUmiXVPRMTpGsxdETRr7-qT0TuliOc-cHUx7R1JpScfjHrsw56onL5P8SE-iQwo-opgwWLube66f_MBC6TUOObG2md4FRJRxv9V1JtZLLvDMQvVFfi=s960" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhlSdoHxSdfBBXi2FcLCHeLAhFgAF3IJ44tqbEPtQwcARQFnw-Qyb_G-po0IwoN7dh3_ATUAEnUmiXVPRMTpGsxdETRr7-qT0TuliOc-cHUx7R1JpScfjHrsw56onL5P8SE-iQwo-opgwWLube66f_MBC6TUOObG2md4FRJRxv9V1JtZLLvDMQvVFfi=w640-h480" width="640" /></a></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><br /></b></div><b><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span></b><p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-27125904307622548242021-12-21T15:02:00.003-08:002021-12-21T15:03:13.473-08:00PADRE PAULO ARIPE, O "POTRILHO".<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhxNYLaFqt2WfulFeXoV922GbrhlpwXqMzIHmY2EAXzSQg4-1daAEHcOBrUIcewWjVXue4ifSpryKId7k3DUalZJG1oVW2yN1jg0fVdCY0aQqMbH32VSgvvEJ78EjFAhAGmk-wCq_58nmuP-9js8tAZ5RzU8XmbbH1uAnvICtBfL_oWA-Pq2N9dUJrM=s350" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="270" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhxNYLaFqt2WfulFeXoV922GbrhlpwXqMzIHmY2EAXzSQg4-1daAEHcOBrUIcewWjVXue4ifSpryKId7k3DUalZJG1oVW2yN1jg0fVdCY0aQqMbH32VSgvvEJ78EjFAhAGmk-wCq_58nmuP-9js8tAZ5RzU8XmbbH1uAnvICtBfL_oWA-Pq2N9dUJrM=w309-h400" width="309" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Foto rara do Padre Paulo Aripe</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Há poucos dias nosso blog postou uma matéria sobre os Padres Poetas. Dentre estes, talvez um dos mais destacados tenha sido o Padre Paulo Aripe, mais conhecido como o Potrilho. Membro fundador da Estância da Poesia Crioula, Paulo Aripe foi coautor, em parceria com o Bispo Dom Felipe de Nadal, da conhecida Prece do Gaúcho. Excelente poeta também consagrou-se ao ministrar missas crioulas, principalmente na região de Alegrete. </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-87643598667149593712021-12-20T15:09:00.003-08:002021-12-20T15:09:20.299-08:00FUNDO DE INVERNADA<p> </p><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; text-align: center;"><br />(Silvio Aymone Genro)<br /><br /><br /></div><div class="separator" style="background-color: #fff3db; clear: both; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqpHTbkyUoFWsWDv43gjxJ8uVbNm1sS2-6EkH2FVtMb18PueKsdclYMppzQAj6BwlCE8xdTqZB7oX-wgOEICoZ0OBqN1Uak3DSHtrmOKk2FKxSOL00UbuuyBv3hRLvKooElvRj-khfG3hU/s1600/fund.jpg" imageanchor="1" style="color: #211104; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqpHTbkyUoFWsWDv43gjxJ8uVbNm1sS2-6EkH2FVtMb18PueKsdclYMppzQAj6BwlCE8xdTqZB7oX-wgOEICoZ0OBqN1Uak3DSHtrmOKk2FKxSOL00UbuuyBv3hRLvKooElvRj-khfG3hU/s1600/fund.jpg" style="border: 0px;" width="400" /></a></div><p><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="font-size: medium;"><b style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;">Fundo de Invernada</b><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;" /><br style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;" /></span></p><div class="text_exposed_show" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Fim de caminho,<br />Fundo de invernada;<br />Lugar onde o tempo demora a passar...<br />Asilo do pago,<br />Cemitério de ossadas,<br />Daqueles que esperam sua hora chegar.<br /><br />Onde os touros velhos<br />Remoem silêncios<br />E a solidão se esconde entre os caraguatás...<br />Os pássaros pousam<br />No lombo do gado<br />E até as diferenças convivem em paz.<br /><br />Fundo de invernada,<br />Retiro esquecido,<br />Dos matungos velhos e sem serventia...<br />Onde a liberdade<br />É uma conquista inútil<br />De quem, preso às rédeas, já foi livre um dia.<br /><br />Que estranho é o destino<br />Que leva a nós todos,<br />Pelo mesmo rumo que conduz ao nada...<br />E ao final da vida,<br />Bichos e gentes,<br />Acabam no fundo da mesma invernada.<br /><br />Quando nosso mundo<br />Se cansa de nós<br />E condena todos ao mesmo abandono,<br />A própria esperança<br />Envelhece com a idade<br />E até da saudade não somos mais donos.<br /><br />Fundo de invernada,<br />Rumo sem volta,<br />Onde os calendários negam-se a contar...<br />E as flores do campo<br />Enfeitam-se inúteis,<br />Pra os que já perderam o encanto do olhar.<br /><br />Universo a parte,<br />Onde seca a poesia<br />E a lua no céu é uma lua, somente...<br />E até os por de sóis<br />Vão desbotando aos poucos,<br />Perdendo suas cores de antigamente.<br /><br />Fundo de invernada,<br />Final de caminho,<br />Lugar onde cresce silêncio e capim...<br />Exílio daqueles<br />Que ficam sozinhos,<br />Último pouso antes do fim.</span></div><div class="text_exposed_show" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div class="text_exposed_show" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-64165969540862769442021-12-19T01:45:00.001-08:002021-12-19T01:46:42.274-08:00OS PADRES POETAS<p> </p><h3 class="post-title entry-title" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-weight: normal; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Como hoje é domingo mas não temos missa presencial, vamos falar um pouco sobre alguns padres versejadores da cultura gaúcha. Os vates sacerdotes. Eu conheci quatro, mas deve ter bem mais. O Padre Paulo Aripe, o Potrilho do Alegrete, o Bispo Dom Luiz Felipe de Nadal, Amadeu Gomes Canellas, ainda entre nós, e o Padre Pedro Luis, autor do livro O Gênio do Pampa, obra que guardo na cabeceira de meu catre. Todos integrantes da Estância da Poesia Crioula. </span></h3><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-size: small;"><br /></span></div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLh2baVs01a1ey2BiMK2t480_6tocahupUdcOVqNwQS8cG5qF7eq0Z3cofq0MuHiB3XIGnk0IJ6ld8I7HqsRFSM3A4J3RkB6bq6CpoITWUj5JY8chuIGlOFb5ircYF8jOyFMDG5Mnx8HNT/s283/Padre.jpg" style="color: #211104; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="283" data-original-width="178" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLh2baVs01a1ey2BiMK2t480_6tocahupUdcOVqNwQS8cG5qF7eq0Z3cofq0MuHiB3XIGnk0IJ6ld8I7HqsRFSM3A4J3RkB6bq6CpoITWUj5JY8chuIGlOFb5ircYF8jOyFMDG5Mnx8HNT/w403-h640/Padre.jpg" style="border: 0px;" width="403" /></a></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-2146843928991316186" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><div style="font-size: 13px; text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Pedro Luis Bottari nasceu no interior de Santa Maria no dia 29 de junho de 1905 e faleceu e ali no dia 23 de agosto de 1983. Segundo consta à página 28 do livro Italianos no Brasil: Contribuições na Literatura e nas ciências: séculos XIX e XX, de Antônio Mottin e Enzo Casolino (Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999) publicou as seguintes obras: Modelo de Mãe ou Vida da Beata Ana Maria Taigi, em 1933; Cabriúna, poema, em 1950; O monumento, poema, em 1951; O Gênio do Pampa, poema cíclico do Rio Grande, em 1958; O diamante negro de Canoas – Tio Bastião Coelho, biografia, em 1960, e Pedro Tropeiro, poemeto, em 1971.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Religioso da Congregação de São Vicente Pallotti, exerceu suas atividades sacerdotais em diversas cidades, como Santa Maria, Cruz Alta e Porto Alegre, sempre se destacando nas comunidades onde viveu, tanto pelo seu ativismo como sacerdote como pelas iniciativas culturais.</i></div><div style="text-align: justify;"><br /><i>Durante a fundação da Estância da Poesia Crioula salientou-se pelas intervenções, todas fiéis aos princípios preconizados pela Igreja Católica, e pelas preocupações com a preservação da memória histórica e cultural do Rio Grande do Sul. Tenho do poema O Gênio do Pampa – Poema Gaúcho a terceira Edição (Santa Maria: Livraria Editora Pallotti, s/d), com IMPRIMATUR datado de 25 de abril de 1958.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>O Padre Pedro Luis conta no prefácio que escreveu para O Gênio do Pampa, que seu amor pelo Rio Grande nasceu quando, ainda menino, “mercadejava por Val de Serra os frutos da terra e outras traquitandas, cada semana”, ao lado do seu pai. Lembra as figuras dos negros “Dorotéio”, cujo verdadeiro nome era Doroteu, e de “siá Maria José de Oliveira, vulgo Maria Doceira – pau de coronilha, seu! – velha escrava do General Firmino de Paula”. Foi nesse ambiente campestre, entre a Serra e a Campanha, que se plasmou a personalidade lírico-épica do futuro poeta.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sobre o Padre Luis Bottari, pesa, ainda, a influência de D. Aquino Correia (1885-1956), que pertenceu à Academia Brasileira de Letras, de 1926 até seu falecimento, como titular da Cadeira 34. O Arcebispo de Cuiabá, durante várias décadas, se tornou modelo para inúmeros poetas que passaram pelos seminários católicos, contribuindo para consolidar a influência parnasiana.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>O Gênio do Pampa é a história do Rio Grande do Sul em versos. As notas que Padre Pedro Luis apõe aos seus versos demonstram um profundo conhecimento da historiografia sul-rio-grandense, até meados da década iniciada em 1950. O poema é todo escrito em redondilha maior (sete sílabas métricas), como a grande maioria da gauchesca.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Entretanto, enquanto os demais poetas do subgênero acentuam, mormente, na quarta e sétima sílabas, o poeta santa-mariense o faz na terceira e na sétima sílabas, o que confere um ritmo mais lento no seu versejar. Isso dá a impressão de que seus versos têm mais sílabas métricas do que apresentam. Trata-se de recurso, tipicamente “parnasiano”, para aproximar a redondilha do decassílabo, metro tradicional da poesia épica, apenas perceptível aos conhecedores das técnicas de versificação. Por outro lado, a maior parte do “Poema Gaúcho” é dividida em pequenos poemas, outra demonstração do domínio do poeta sobre a arte da versificação.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Poema do Padre Pedro Luis, que consta às páginas 127 e 128 de O Gênio do Pampa.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>O PIÁ DA ESTÂNCIA</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mora um piá em cada estância,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Piá de marca primitiva,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Que na vida, desde a infância,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Só vê triste perspectiva.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mártir de aspas e terneiros,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Anda sempre em roda viva,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Como os zainos tafoneiros.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Vai descalço. Aberto o peito</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Da camisa, nada zela;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>De chapéu tapeado a jeito;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Calça lôbrega e amarela.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Letras, zero; lume, escasso;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Fuma oculto, com cautela,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E usa à cinta um palmo de aço.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Galopim de cem recados,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Guarda de almas, cusco e aves,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sofredor de maus bocados;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Cria espúria de ares graves;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Corre à voz que grita e espinha;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Ceva o mate atalha entraves,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E resmunga na cozinha.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Velha vítima dos gritos,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sonha um lenço colorado;</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Traz os ecos dos aflitos,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E, qual fungo de silvado,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Cresce à toa e na desgraça,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mas já pensa, consolado,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Desquitar-se na cachaça.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Órfão de almas, sem afeto,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Sem perfume de linguagem,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>No galpão está sem teto,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Junto aos cães, que não reagem.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Come a um canto a vil merenda...</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Flor crioula da paisagem,</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Vive à margem da fazenda.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i><br /></i></div></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-8601359891906140212021-12-18T14:27:00.000-08:002021-12-18T14:27:05.575-08:00VOCABULÁRIO PAMPEANO <p> </p><p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">SEGUNDO JAYME CAETANO BRAUN</span></b></p><p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"><br /></span></b></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: medium;">CULATRA</span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Culatra é parte traseira </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">da carreta, o recavém.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">É retaguarda, também,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">de uma tropa em movimento</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">que se vai cortando o vento</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">aos gritos dos <b>culatreiros</b>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Também gritam os <b>"costaneiros",</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">logo adiante seguidores. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Os dos flancos são <b>"fiadores"</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">e os da frente são <b>"ponteiros".</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>NEGAR O ESTRIBO</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">É o mesmo que a negada </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">do meu preto pangaré</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">na hora que ergo o pé</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">para montar a cavalo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Negar acordo, abalo</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">da segurança e da fé. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Pode se dizer, até, </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">o faltar de um compromisso,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">não terminar um serviço,</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">como quem dá marcha ré... </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-53651993568222229312021-12-17T07:32:00.002-08:002021-12-17T08:41:08.630-08:00MEMBROS DA EPC QUE MARCARAM ESTA DATA <p style="text-align: center;"> <b><span style="font-size: medium;">DE 17 DE DEZEMBRO </span></b></p><p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;"><br /></span></b></p><p style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.5em; margin: 0px 0px 0.6em; padding: 0px;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYsL-cpQSbcKSeEJPXaSgxvrg95HI_3GNF0Odkk8K6nx3CcWzX56W5zj7aSo8GYkzrtISNzyJThOpFtBWZ5xjQHPLVZLYsVOV4egcLGcqKUlN8_cWNX-mtpq0d2DG08ngq9ACZGsahzmuo/s1600/biografia-de-erico-verissimo.jpg" style="color: #29303b; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYsL-cpQSbcKSeEJPXaSgxvrg95HI_3GNF0Odkk8K6nx3CcWzX56W5zj7aSo8GYkzrtISNzyJThOpFtBWZ5xjQHPLVZLYsVOV4egcLGcqKUlN8_cWNX-mtpq0d2DG08ngq9ACZGsahzmuo/s400/biografia-de-erico-verissimo.jpg" style="border: 0px;" width="400" /></a><span style="text-align: justify;"></span></p><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"> No dia 17 de dezembro, do ano de 1905, </div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">nascia em Cruz Alta Érico Veríssimo. </div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Érico Lopes Veríssimo nasceu em Cruz Alta, em 1905 e faleceu em Porto Alegre, em 1975. Concluiu o 1º grau (antigo ginásio) em Porto Alegre. De volta a sua cidade natal, empregou-se no comércio, foi bancário e sócio de uma farmácia. Em 1930, transferiu-se para Porto Alegre, onde, depois de trabalhar algum tempo como desenhista e de publicar alguns contos na imprensa local, empregou-se na Editora Globo como secretário do Departamento Editorial. Viajou duas vezes aos Estados Unidos, onde ministrou cursos de literatura brasileira.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br /><strong>OBRAS</strong></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />Romance: Clarissa(1933); Caminhos cruzados(1935); Música ao longe(1935); Um lugar ao sol(1936); Olhai os lírios do campo(1938); Saga(1940); O resto é silêncio(1942); O tempo e o vento: I - O continente(1948), II - O retrato(1951), III - O arquipélago(1961); O senhor embaixador(1965); O prisioneiro(1967); Incidente em Antares(1971).</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />Conto e novela: Fantoches(1932); Noite(1942).</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />Memórias: Solo de clarineta I(1973); Solo de clarineta II(1975).</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />Publicou ainda várias obras de ficção didática e literatura infantil, além de narrativas de viagens.<br /><br /><strong>CARACTERÍSTICAS DA OBRA</strong><br /><br />Costuma-se dividir a obra de Érico Veríssimo em três grupos:</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />1) Romance urbano: Clarissa, Caminhos cruzados, Um lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto é silêncio. As obras desta fase registram a vida da pequena burguesia porto-alegrense, com uma visão otimista, às vezes lírica, às vezes crítica, e com uma linguagem tradicional, sem maiores inovações estilísticas.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />Desta fase destaca-se Caminhos cruzados, considerado um marco na evolução do romance brasileiro. Nele, Érico Veríssimo usa a técnica do contraponto, desenvolvida por Aldous Huxley (de quem fora tradutor) e que consiste mesclar pontos de vista diferentes (do escritor e das personagens) com a representação fragmentária das situações vividas pelas personagens, sem que haja no texto um centro catalisador.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />2) Romance histórico: O tempo e o vento. A trilogia de Érico Veríssimo procura abranger duzentos anos da história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945. O primeiro volume (O continente), narra a conquista do continente de São Pedro pelos primeiros colonos e é considerado o ponto mais alto de sua obra.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />3) Romance político: O senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em Antares. Escrito durante o período da ditadura militar, iniciada em 1964, denunciam os males do autoritarismo e as violações dos direitos humanos. Desta série destaca-se Incidente em Antares.</div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"> </div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"> </div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"> </div><div style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGsP6FL96wXDLNajXEUT9XpuTeFcrq1e-mcYR_yNYfY3Ps8keh9mE3h2YyvLpnlogt3tLLIAG-z35otsHdsU6GUN_67_khQ8Jc0AuwdxNuXcdGPmA9XTx2fbVY2yGWj8loP8OmZRqMvwc2/s1600/LauroRodrigues2.jpg" style="clear: left; color: #29303b; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGsP6FL96wXDLNajXEUT9XpuTeFcrq1e-mcYR_yNYfY3Ps8keh9mE3h2YyvLpnlogt3tLLIAG-z35otsHdsU6GUN_67_khQ8Jc0AuwdxNuXcdGPmA9XTx2fbVY2yGWj8loP8OmZRqMvwc2/s1600/LauroRodrigues2.jpg" style="border: 0px;" /></a></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: inherit;">Também num dia 17 /12, do ano de 1978 morria <b>Lauro Rodrigues.</b></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Lauro Pereira Rodrigues nasceu no Distrito de Santo Amaro do Sul, em 1918, e morreu afogado nas águas do Rio Jacuí em 17 de dezembro de 1978.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Foi poeta membro da Estância da Poesia Crioula. Exerceu atividades de jornalista, radialista e político; foi vereador em Porto Alegre e deputado federal pelo Rio Grande do Sul.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em 1935 apresentou na Rádio Sociedade Gaúcha o primeiro programa de atrações regionalistas no Rio Grande do Sul, Campereadas, no qual surgiu Pedro Raymundo.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em 1958 Lauro Rodrigues volta ao rádio de segunda a sexta, das 8h30 às 9h30, no programa Roda de Chimarrão na Rádio Farroupilha que, além da ênfase no tradicionalismo, falava de assuntos rurais e urbanos de Porto Alegre. </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Obra poética: Invernada Vazia, 1944; Minuano, 1944, A Ronda dos Sentimentos, 1944; Senzala Branca, Chirus, 1958; A Canção das Águas Prisioneiras, 1978.</span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px; line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-28093151260614591572021-12-16T11:25:00.006-08:002021-12-16T11:30:54.854-08:00ENTIDADES LITERÁRIAS CO-IRMÃS DA EPC<p> </p><p style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">PARTENON LITERÁRIO</span></b></p><p><br /></p><p><span face="Georgia, Times New Roman, sans-serif" style="color: #211104;"><span style="background-color: #fff3db; border-color: initial; border-image: initial; border-style: initial; font-size: 13px; margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq_Nyl4tu7V_407LOLA5yAbLVQKU1fg44NGv0AIYQU2YOKW4fU6MFEmFjjqzSpP8sdpEQpbJ_wfVad3YSPGYIPhjN9TkCHLIj3eW9YTeaJDmNMWTRHe5pfuSJTurAiW_pHr3FnO_ABpW6L/s1600/Partenon+Liter%25C3%25A1rio.jpg" style="background-color: #fff3db; color: #211104; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif; font-size: 13px;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5619554821391234818" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq_Nyl4tu7V_407LOLA5yAbLVQKU1fg44NGv0AIYQU2YOKW4fU6MFEmFjjqzSpP8sdpEQpbJ_wfVad3YSPGYIPhjN9TkCHLIj3eW9YTeaJDmNMWTRHe5pfuSJTurAiW_pHr3FnO_ABpW6L/s400/Partenon+Liter%25C3%25A1rio.jpg" style="border: 0px; display: block; height: 268px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a></span></span><span face="Georgia, "Times New Roman", sans-serif" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-size: 13px;"></span></p><p><span face="Georgia, Times New Roman, sans-serif" style="color: #211104;"><br /></span></p><div align="justify" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><em style="font-size: 13px;"><span style="font-size: 11.05px;"><br /></span></em>Da mesma forma que a Academia Rio-Grandense de Letras, o Partenon Literário não é uma entidade voltada exclusivamente para o regionalismo gaúcho. Contudo é inegável o pioneirismo e a importância que teve no contexto poético rio-grandense.<br /><br />A Sociedade Parthenon Litterário foi criada em 18 de junho de 1868, num período de efervescência social e política, com a Guerra do Paraguai em andamento, as ideias republicanas em expansão e uma forte retomada do movimento abolicionista.<br /><br />Sediada em Porto Alegre, contava com colaboradores de toda província, promovendo um intercâmbio cultural que impulsionou a intelectualidade da época. Sua criação foi centrada em duas figuras: o médico e escritor José Antônio do Vale Caldre e Fião, presidente honorário, e o jovem Apolinário José Gomes Porto-Alegre. Caldre e Fião além do apoio à iniciativa, emprestou seu prestígio pessoal, pois era autor conhecido. Já Apolinário foi fundamental com sua atuação e postura.<br /><br />Seu surgimento permitiu o intercâmbio de informações, textos e ideias entre os autores membros, promovendo a circulação de matérias literárias em diferentes jornais que percorreram os mais distantes recantos do Rio Grande do Sul. Sua atuação ajudou a expandir a cultura dos gaúchos, oferecendo cursos noturnos para adultos, mostrando sua preocupação com a formação intelectual da população e criando uma biblioteca com importantes obras de Filosofia, história e literatura e um museu com seções de Mineralogia, Arqueologia e Zoologia. As aulas noturnas foram uma das atividades mais duradouras, permanecendo até 1884 quando, devido à dificuldades financeiras e falta de um local para abrigar as aulas, estas foram suspensas.<br /><br />A Sociedade participava de campanhas abolicionistas, angariando fundos para libertação de escravos e propagava os ideais republicanos. Promovia também debates com temas diversos como a Revolução Farroupilha, casamento, pena de morte e feminismo.<br /><br />Ao longo de sua existência funcionou em diversos locais, sem nunca ter tido sede própria. Em novembro de 1873, numa cerimônia em que estiveram o presidente da província, João Pedro Carvalho de Moraes e o bispo de Porto Alegre, houve uma primeira tentativa de fundação de um espaço próprio, em uma região, na época, distante do centro da cidade, que deu o nome a um dos atuais bairros de Porto Alegre, o Partenon. A sede seria onde hoje é a Igreja Santo Antônio. Outra tentativa deu-se em 10 de janeiro de 1885, com presença da princesa Isabel e o Conde D'Eu, lançou-se a pedra fundamental de um edifício que seria localizado na rua Riachuelo.<br /><br />O Partenon Literário precedeu em 30 anos a academia Brasileira de Letras, publicando diversas obras, bem como a tradicional Revista Literária, ora em formato de livro, seu legado mais forte. A Revista circulou durante dez anos e continha críticas literárias, biografias, comentários, editoriais e estudos sobre a história e cultura gaúchas. Discursos proferidos na Sociedade eram depois transcritos para a revista, além de contos, narrativas, peças teatrais e poesias. Os textos mais longos eram divididos em diversas partes e publicados ao longo de diversos números.<br /><br />Entre os membros de destaque da sociedade pode-se citar: Apolinário José Gomes Porto-Alegre, seus irmãos Apeles e Aquiles, Afonso Luís Marques, Alberto Coelho da Cunha (Vítor Valpírio), Antônio Vale Caldre Fião, Argemiro Galvão, Augusto Rodrigues Tota, Aurélio Veríssimo de Bittencourt, Bernardo Taveira Júnior, Bibiano Francisco de Almeida, Carlos von Koseritz, Francisco Antunes Ferreira da Luz, Francisco Isidoro de Sá Brito, Hilário Ribeiro, Inácio de Vasconcelos Ferreira, José Bernardino dos Santos, João Damasceno Vieira Fernandes, José Carlos de Sousa Lobo, Lobo da Costa, Múcio Scevola Lopes Teixeira, dentre inúmeros outros. Entre as mulheres se destacaram Luciana de Abreu,a primeira mulher a subir na tribuna para falar em público, Luísa de Azambuja, Amália dos Passos Figueroa e Revocata Heloísa de Melo.<br /><br />A sociedade foi extinta por volta de 1925, mediante a doação de terreno que tinha obtido para a construção de sua sede, pois de fato já deixara de existir desde 1885 quando paralisou os trabalhos associativos.<br /><br />Depois de 112 anos, reiniciou as suas atividades em 1997 a partir de um grupo de intelectuais interessados em prosseguir com os postulados dos próceres de 1868. Juridicamente, no entanto, apesar de dizer-se que a Sociedade reiniciou as suas atividades em 1997, o que houve, na verdade, foi a re-fundação da extinta entidade, ora dita em sua fase Século XXI.</div><div align="justify" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><br /></div><div align="justify" style="background-color: #fff3db; color: #660000; font-family: Georgia, "Times New Roman", sans-serif;"><br /></div>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-73793202083293784482021-12-15T03:43:00.000-08:002021-12-15T03:43:01.168-08:00<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="366" src="https://www.youtube.com/embed/V62m6JfaNFw" width="493" youtube-src-id="V62m6JfaNFw"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Darcy Fagundes - Romance do Injustiçado</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div> <p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-14019430614940186532021-12-15T03:14:00.004-08:002021-12-15T03:29:47.906-08:00DIA DO(A) DECLAMADOR(A) GAÚCHO(A)<p> </p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgD9qUUNlV8MvABD_WvmMGd1FubUPI3xKKhNt-6H9Xm6phuaVFODlrZqXC3CR7BWO-rpqagm3gEaJjosv88BIuAAZzTD-xDT-52NHwVd5dw1I-Vj1lL3oIQEO_Up3QuHSeTM-SmWGMxGGX6qv2wwDbOllmQdVP6Dt6X2PbK56MQLZR-1ICxobEEskHa=s317" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="269" data-original-width="317" height="339" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgD9qUUNlV8MvABD_WvmMGd1FubUPI3xKKhNt-6H9Xm6phuaVFODlrZqXC3CR7BWO-rpqagm3gEaJjosv88BIuAAZzTD-xDT-52NHwVd5dw1I-Vj1lL3oIQEO_Up3QuHSeTM-SmWGMxGGX6qv2wwDbOllmQdVP6Dt6X2PbK56MQLZR-1ICxobEEskHa=w400-h339" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Darcy Fagundes nasceu em Uruguaiana em 15/12/1925</div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13pt; line-height: 115%;">A lei que define o dia
15 de dezembro como o Dia do(a) Declamador(a) Gaúcho(a), foi sancionada pelo
Governador Eduardo Leite no dia 5 de agosto de 2019. Seus autores foram a deputada
Regina Becker e o deputado Dirceu Franciscon. A data do dia 15 foi escolhida
pelo nascimento de Darcy Fagundes da Silva, profissional da comunicação que
consagrou a declamação e a temática do regionalismo gaúcho na história do rádio
e da televisão. <o:p></o:p></span></p><br /><p></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6707657135395172337.post-38882218012816050982021-12-14T04:15:00.003-08:002021-12-15T03:30:03.092-08:00DOCES LEMBRANÇAS<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhDxNon6ZkPsvtEMfFcdvsXXaOfJNGisECgA23d4CHuEiMn1VCb2SbdmYw6LSAHGRUy0aPE9zROohTseLivdJ0dYy29SFvfHqrTww6aIFrQMZZYmPACF-QINht_Oz3Or8aS-6o9zp5KfXoA0k9R6FQd9drF_lCQLdQ9z_BpPUNpjJ_c2dKMHm1Nrqok=s1080" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="714" data-original-width="1080" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhDxNon6ZkPsvtEMfFcdvsXXaOfJNGisECgA23d4CHuEiMn1VCb2SbdmYw6LSAHGRUy0aPE9zROohTseLivdJ0dYy29SFvfHqrTww6aIFrQMZZYmPACF-QINht_Oz3Or8aS-6o9zp5KfXoA0k9R6FQd9drF_lCQLdQ9z_BpPUNpjJ_c2dKMHm1Nrqok=w400-h265" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Saudosos confrades da nossa Estância da Poesia Crioula Luis Alberto Ibarra recitando um poema amadrinhado pelo Paulinho Pires e sua gaitinha de boca. </span></div><br /><p style="text-align: center;"><br /></p>Estância da Poesia Crioulahttp://www.blogger.com/profile/05442380712867798299noreply@blogger.com0