(Silvio Aymone Genro)
Fundo de Invernada
Fim de caminho,
Fundo de invernada;
Lugar onde o tempo demora a passar...
Asilo do pago,
Cemitério de ossadas,
Daqueles que esperam sua hora chegar.
Onde os touros velhos
Remoem silêncios
E a solidão se esconde entre os caraguatás...
Os pássaros pousam
No lombo do gado
E até as diferenças convivem em paz.
Fundo de invernada,
Retiro esquecido,
Dos matungos velhos e sem serventia...
Onde a liberdade
É uma conquista inútil
De quem, preso às rédeas, já foi livre um dia.
Que estranho é o destino
Que leva a nós todos,
Pelo mesmo rumo que conduz ao nada...
E ao final da vida,
Bichos e gentes,
Acabam no fundo da mesma invernada.
Quando nosso mundo
Se cansa de nós
E condena todos ao mesmo abandono,
A própria esperança
Envelhece com a idade
E até da saudade não somos mais donos.
Fundo de invernada,
Rumo sem volta,
Onde os calendários negam-se a contar...
E as flores do campo
Enfeitam-se inúteis,
Pra os que já perderam o encanto do olhar.
Universo a parte,
Onde seca a poesia
E a lua no céu é uma lua, somente...
E até os por de sóis
Vão desbotando aos poucos,
Perdendo suas cores de antigamente.
Fundo de invernada,
Final de caminho,
Lugar onde cresce silêncio e capim...
Exílio daqueles
Que ficam sozinhos,
Último pouso antes do fim.
Fundo de invernada;
Lugar onde o tempo demora a passar...
Asilo do pago,
Cemitério de ossadas,
Daqueles que esperam sua hora chegar.
Onde os touros velhos
Remoem silêncios
E a solidão se esconde entre os caraguatás...
Os pássaros pousam
No lombo do gado
E até as diferenças convivem em paz.
Fundo de invernada,
Retiro esquecido,
Dos matungos velhos e sem serventia...
Onde a liberdade
É uma conquista inútil
De quem, preso às rédeas, já foi livre um dia.
Que estranho é o destino
Que leva a nós todos,
Pelo mesmo rumo que conduz ao nada...
E ao final da vida,
Bichos e gentes,
Acabam no fundo da mesma invernada.
Quando nosso mundo
Se cansa de nós
E condena todos ao mesmo abandono,
A própria esperança
Envelhece com a idade
E até da saudade não somos mais donos.
Fundo de invernada,
Rumo sem volta,
Onde os calendários negam-se a contar...
E as flores do campo
Enfeitam-se inúteis,
Pra os que já perderam o encanto do olhar.
Universo a parte,
Onde seca a poesia
E a lua no céu é uma lua, somente...
E até os por de sóis
Vão desbotando aos poucos,
Perdendo suas cores de antigamente.
Fundo de invernada,
Final de caminho,
Lugar onde cresce silêncio e capim...
Exílio daqueles
Que ficam sozinhos,
Último pouso antes do fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário